segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Mãe, a nossa primeira consultora de estilo

mãe nossa primeira consultora de estilo
“É uma menina!”
Pronto! Quando uma grávida escuta essa frase, já começa a pensar em pintar o quarto de rosa, comprar ursinhos e Barbies e comprar vestidinhos, lacinhos e tudo que envolve o mundo feminino. O enxoval, que antes era mais neutro, variando do branco ao verdinho, agora ganha novas cores: lilás e rosa… Rosa bebê, rosa antigo, pink, magenta, chiclete, rosa choque… 50 tons de rosa para a nova princesinha da família.
E vai ser assim que essa menina vai se vestir até que ela veja que as suas amiguinhas se vestem com outras cores, e que algumas até usam short e calça de vez em quando, no lugar dos vestidinhos rosas cheio de babadinhos. E vai ser assim, até que essa menina veja alguma coisa que faça o olhinho dela brilhar na loja e ela faça aquela pirraça no shopping e se jogue no chão gritando “eu quero, eu quero, eu quero!”, até que a mãe decida levar a peça pra casa e veja a menina querer dormir com aquela roupa, ir pra escola, pra igreja, pra festa da amiguinha, pra padaria e pra aula de inglês com aquela roupa pelas próximas 3 semanas seguidas, como aconteceu com o meu sobrinho mais novo quando eu dei uma fantasia do Homem Aranha, ou com o mais velho, que foi comigo ao cinema com o uniforme do Fluminense, ou com a menina que usava uma saia de tule no supermercado e que inspirou outro texto meu aqui.
nem toda menina gosta de rosa
É isso que acontece quando uma criança veste uma roupa que diz pra ela que aquela é quem ela é, que ela sente que uma roupa era “a cara dela” e, apesar de ela não ter a mínima ideia do que isso seja, ela se sente mais confortável assim que nas roupas que a mãe dela, que até então era a responsável por montar todos os seus “looks do dia”, fazia ela usar.
O nosso estilo pessoal é construído ao longo da nossa vida, e tem várias influências externas, como o clima do lugar que a gente mora, os lugares que a gente frequenta, as pessoas com quem a gente convive e admira, os lugares que frequentamos, a nossa rotina, a nossa personalidade, etc. Na infância, todas essas coisas se resumem a: como a mãe quer que essa menina se vista. E se você parar pra pensar, deve lembrar daquela roupa que você odiava e sua mãe te forçou a usar. Duvido que não!
Se a menina tiver personalidade forte desde cedo e os pais forem mais abertos, logo logo essa menina vai poder fazer suas escolhas e mostrar na loja pra mãe que prefere um all star a um sapatinho estilo boneca, mas nem toda menina nasce assim e nem toda mãe e pai dão essa liberdade para os filhos, né? E aí eu te pergunto, já pensando em ajudar a empoderar as futuras gerações desde já: que tipo de mãe você é ou vai ser? Como você monta ou vai montar os “looks do dia” da sua filha até que ela possa escolher as roupas que vai usar? Como você, principal formadora de opinião e pessoa que sua filha mais vai se inspirar e espelhar vai ajudá-la a criar, desde cedo, o seu estilo pessoal?
Lembre-se que a forma como a gente se veste é uma forma de dizer ao mundo quem a gente é e a sua filha também tem (ou terá) esse direito!
mãe e filha com a mesma roupa

Texto meu, originalmente publicado aqui, no Superela! 

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